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domingo, 29 de julho de 2012

7 Questões matemáticas por 1 milhão de dólares cada.

     Quer ganhar 1 milhão de dólares usando apenas os neurônios? Basta resolver um dos sete maiores desafios da matemática contemporânea. O prêmio para quem solucionar cada um dos Problemas do Milênio – como são chamadas as questões que o século XX não conseguiu destrinchar – é oferecido pelo Instituto de Matemática Clay, organização fundada em 1998 para disseminar o estudo da matemática. Com o apoio dos melhores centros de pesquisa, como a Universidade Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), o Instituto Clay destinou à empreitada um fundo de 7 milhões de dólares – 1 milhão para cada resposta. Se você achava que a matemática era uma ciência esotérica e que não dava dinheiro, mude seus conceitos. A solução desses sete problemas em aberto pode ter um valor ainda maior que os 7 milhões de dólares, pois a quantidade de teorias e aplicações práticas que dependem deles é enorme.
A oferta do Clay está de pé desde 24 de maio de 2000, quando os problemas foram apresentados no Collège de France, em Paris. Nesse mesmo local, em 8 de agosto de 1900 – quase cem anos antes –, o matemático alemão David Hilbert havia feito uma conferência no Segundo Congresso Internacional de Matemática que entrou para a história das ciências. Em sua apresentação, Hilbert expôs 23 problemas de matemática então sem resposta e afirmou que eles seriam o principal desafio dos matemáticos do século XX. De fato, foram. A maioria dos problemas de Hilbert está resolvida, embora alguns ainda atormentem as mentes matemáticas mais brilhantes do mundo.
Agora, os especialistas do Clay reduziram e renovaram a lista de Hilbert para montar um roteiro para a matemática do século XXI. E puseram uma etiqueta de 1 milhão em cada problema. Antes de conhecer os sete, porém, uma advertência: eles serão apresentados aqui de forma bastante simplificada, pois a verdade é que são, sim, bastante difíceis de entender (ou você acha que alguém daria 1 milhão de dólares por algo fácil?). E a Super não se responsabiliza por eventuais danos que possam causar ao cérebro dos leitores. Sem mais delongas, aqui estão os problemas em aberto:
HIPÓTESE DE RIEMANN
Faz muito tempo que a matemática deixou de ser uma ciência que se ocupa apenas de números. Hoje, matemáticos lidam com entidades abstratas, esquisitas e imponderáveis, com nomes tão disparatados quanto funtores, matróides ou variedades multidimensionais. Mas não dá para enganar ninguém: os números estão por trás de tudo. O primeiro problema, portanto, é sobre eles. Mais especificamente, sobre os chamados números primos. Se você faltou à aula, vale a pena lembrar que números primos são aqueles que só são divisíveis por 1 e por si mesmos. O número 5, por exemplo, é primo. Já o 6 não é, pois é divisível também por 2 e por 3. O 7 é primo, o 8 não – é divisível por 2 e 4 – e assim por diante. A seqüência de números primos (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19 e assim por diante) sempre embatucou os matemáticos, porque parece não ter a menor lógica. Comporta-se como se os primos aparecessem ao acaso. Se alguém soubesse descrever uma regra capaz de dizer quantos primos existem até um certo número, isso poderia ter conseqüências que vão da segurança de computadores até as teorias sobre a origem do Universo (veja quadro na pág. 67).
O alemão Georg Bernhard Riemmann (1826-1866) acreditava ter descoberto uma fórmula para descrever a distribuição dos primos. Essa fórmula já foi testada para o primeiro 1,5 bilhão de números e está correta. Mas isso é bem diferente de provar que ela é verdadeira para todos. As tentativas de confirmar a hipótese de Riemann já geraram uma quantidade descomunal de matemática. Os mais ousados lançaram mão até de conexões da matemática com a realidade física. Em 1972, o físico americano Freeman Dyson percebeu uma estranha coincidência entre a fórmula de Riemann para os primos e outra fórmula que os cientistas usavam para descrever alguns sistemas da física regidos pela teoria do caos (um exemplo desses sistemas caóticos é a atmosfera terrestre, em que o bater de asas de uma borboleta no Pacífico pode gerar um furacão do outro lado do globo). Essa abordagem física ainda não conseguiu provar a hipótese de Riemann, mas, se conseguir, estará provado também que a seqüência de números primos, mais que uma mera abstração matemática, é uma das leis fundamentais que regem o Universo.
P = NP
Outro problema que vale 1 milhão de dólares é dizer se a formuleta acima é verdadeira ou falsa. Parece simples? Eis a descrição do Instituto Clay: “Suponha que você esteja organizando um evento para 400 pessoas numa universidade e que, nas instalações universitárias, só haja acomodação para 100. Para complicar as coisas, o reitor forneceu uma lista de pares de pessoas incompatíveis, que sempre brigam, e exigiu que, na escolha final, nenhum desses pares aparecesse”. Aí está um problema que mesmo os supercomputadores mais poderosos não conseguem resolver. Se você tem em mãos uma lista de 100 possíveis convidados, conseguirá constatar se ela satisfaz ou não às condições do reitor. Mas produzir tal lista do nada é uma tarefa hercúlea. Na verdade, o número de possibilidades a testar é maior que o número de átomos no universo. Esse é apenas um dos muitos problemas em ciência da computação que apresentam a mesma característica. Dada uma resposta, é possível verificar se ela é falsa ou verdadeira. Mas encontrar uma resposta a partir do zero torna-se impraticável.
Esses problemas se comportam como um quebra-cabeça: é fácil ver se ele já está montado (basta olhar!), mas muito difícil montá-lo com as pecinhas bagunçadas dentro da caixa. O mais célebre quebra-cabeça desse tipo é conhecido como problema do caixeiro viajante: se você tem um mapa de cidades com as estradas que fazem a ligação entre elas, será possível achar um caminho que passe em cada cidade apenas uma vez e volte à cidade inicial? Você pode até descobrir que um certo caminho num mapa específico satisfaz essa condição, mas tente achar um método genérico para descrever esses caminhos em todos os mapas. Ufa! A classe desses problemas intratáveis é conhecida pela sigla NP (ou, no jargão dos iniciados, são problemas polinomiais não-determinísticos), em oposição à classe dos problemas mais fáceis de resolver, chamada P (de polinomiais). O mais curioso é que, se você achar um método simples para resolver um problema de NP, ele poderá ser aplicado a todos. Em outras palavras, você terá provado a formuleta P = NP. Há mais de mil problemas intratáveis que, de uma forma ou de outra, podem ser reduzidos ao do caixeiro viajante. Quer mais um? Se você costuma gastar tempo com aquele joguinho de caça-minas, do Windows, sabe muito bem que, observando uma tela com casas abertas e fechadas, consegue intuir onde estão as minas. Pois recentemente foi provado que uma solução genérica para todos os caça-minas é um problema que pertence a NP. E vale, portanto, 1 milhão de dólares.
HIPÓTESE DE POINCARÉ
Talvez o francês Henri Poincaré (1854-1912) tenha sido o último matemático universal, capaz de entender toda a ciência matemática do seu tempo. Depois dele, o conhecimento se fragmentou num sem-número de especialidades e deixou de ser compreensível como um todo. Culpa, inclusive, do próprio Poincaré, que contribuiu para isso ao fundar uma dessas especialidades, chamada topologia, uma espécie de geometria das superfícies. Um dos problemas mais difíceis de resolver em topologia foi proposto por ele mesmo, Poincaré, em 1904. Trata-se do clássico problema da laranja na quarta dimensão. Calma, leitor, não esmoreça. Vamos por partes. Primeiro imagine uma forma esférica, como a dita laranja ou mesmo o planeta Terra, que enxergamos com três dimensões (comprimento, largura e profundidade). Prove que o cabinho da laranja – ou o Pólo Norte da Terra – pode ser ligado a qualquer ponto da superfície da fruta ou do planeta por um único meridiano. Agora demonstre que, além disso, todos esses meridianos se cruzam apenas em um único outro ponto: o Pólo Sul.
Parece simples demais? Isso já foi demonstrado para superfícies que se comportam como a casca da laranja ou do planeta Terra na terceira dimensão. Mas a topologia lida com outros tipos de casca de laranja, de n dimensões. Tais entidades, impossíveis de visualizar, são muito fáceis de representar por meio de fórmulas matemáticas (você não consegue imaginá-las porque o cérebro humano não tem essa capacidade – pelo menos em condições normais). No entanto, até hoje a hipótese de Poincaré está provada para a superfície de esferas em todas as dimensões, exceto para a quarta. Já houve dezenas de demonstrações que depois se mostraram erradas. E essa simplória hipótese, algo cítrica, praticamente deu origem a toda a topologia, um dos ramos da matemática mais difíceis e impenetráveis, sem o qual teria sido impossível a Einstein criar a Teoria da Relatividade. E então, leitor, que tal descascar esse abacaxi, ops, essa laranja?

EQUAÇÕES DE NAVIER-STROKES
Já ouviu falar em mecânica dos fluidos? Trata-se de uma matéria que aparece lá pelo terceiro ano da faculdade de Engenharia e costuma reprovar tantos alunos que muita gente desiste de ser engenheiro ali mesmo. Pois o quarto problema de 1 milhão de dólares do Instituto Clay está relacionado a essa disciplina madrasta que trata, basicamente, das ondas nos lagos e das correntes de ar quando atravessadas por aviões a jato. Fluidos como gases ou líquidos são entidades físicas de compreensão extremamente difícil. As equações que tentam descrever o comportamento de objetos no meio dos fluidos, chamadas equações de Navier-Stokes (formuladas por Claude Navier e George Stokes), são conhecidas desde o século XIX. Mas até hoje ninguém conseguiu resolvê-las de modo satisfatório. O problema não está em achar as respostas, mas em saber se essas equações sempre têm alguma resposta que possa ser interpretada de modo razoável na realidade física e se as respostas que conhecemos são as únicas possíveis. Os projetistas de foguetes, que precisam garantir a reentrada das espaçonaves na atmosfera, ou de aviões supersônicos, agradecem.
CONJECTURA DE HODGE
Uma das maiores diversões dos matemáticos é tentar encontrar relações entre teorias que aparentemente nada têm a ver uma com a outra. A geometria, estudo de formas como círculos, triângulos ou retângulos, ganhou um novo fôlego quando René Descartes descobriu que as formas geométricas poderiam ser descritas por fórmulas ou equações da álgebra, capazes de representar os pontos em um plano, depois batizado de plano cartesiano. Desde então, o casamento da geometria com a álgebra, que gerou o cálculo, tem sido um dos mais frutíferos da matemática. Em 1950, no Congresso Internacional de Matemática, o americano William Vallance Douglas Hodge (1903-1975) fez uma apresentação que promete levar esse casamento ainda além. Hodge sugeriu que as equações capazes de descrever determinados formatos cíclicos em várias dimensões poderiam ser geradas a partir de formas geométricas mais simples, similares a curvas. Se isso soa muito complicado, não desanime. A conjectura de Hodge, se provada, trará mais gente para a família, fundindo topologia, cálculo, geometria e álgebra. Seu impacto no futuro poderá ser ainda maior que o do plano cartesiano, que todo aluno do ensino médio precisa enfrentar. (Para quem já esqueceu, o plano cartesiano compõe-se de uma reta horizontal, o eixo x, e outra vertical, o eixo y, que se cortam num ponto.) Quem sabe, daqui a 50 anos Hodge não será assunto de sala de aula e algum aluno do colegial não será capaz de levar para casa 1 milhão de dólares?
TEORIA DE YANG-MILLS
Físicos e matemáticos vivem às turras. Em geral, a física caminha mais rápido, de modo mais esculachado, e depois a matemática tem de vir lentamente atrás, mostrando em detalhes que tudo o que os físicos fizeram estava correto e tinha sentido lógico. Por isso, normalmente é a realidade da física que leva ao desenvolvimento de novas idéias matemáticas. Um exemplo: para elaborar as leis da gravitação universal, o inglês Isaac Newton foi obrigado a desenvolver toda a teoria do cálculo em seu clássico Principia Mathematica. A partir daí surgiu aquela física que todos aprendemos na escola, com seus movimentos uniformes, forças, velocidades e aceleração, a tão celebrada física clássica. No século XX, porém, a física clássica de Newton se mostrou insuficiente para descrever o mundo do infinitamente pequeno, dos átomos, dos elétrons e das demais partículas. Os físicos criaram, então, todo um arcabouço teórico que ficou conhecido como física quântica para descrever a estrutura da matéria e do Universo. Os matemáticos vieram lentamente caminhando atrás. As idéias de Hilbert ou Riemann, por exemplo, foram melhoradas para sustentar as teorias quânticas. Mas nem tudo deu certo. Até hoje há um pedaço da física quântica, descrito por Yang e Mills, que não é sustentado por nenhuma teoria matemática. Trata-se das equações que lidam com um tipo de força presente no núcleo dos átomos chamada força nuclear forte. Se alguém conseguir primeiro entender essa idéia física e, em seguida, criar uma teoria para sustentá-la, pode se preparar para levar para casa o cheque do Instituto Clay.
CONJECTURA DE BIRCH E SWINNERTON-DYER
O último problema do milênio é um parente do Último Teorema de Fermat, aquele que levou mais de 300 anos para ser demonstrado e acabou sendo vencido pelo inglês Andrew Wiles em 1993 (a demonstração estava incompleta, mas, pouco tempo depois, Wiles conseguiu apresentar uma prova correta). O Último Teorema de Fermat diz que equações do tipo xn + yn = zn só têm soluções x, y e z se n = 2. Traduzindo: um número elevado ao quadrado pode ser igual à soma de dois quadrados, mas nenhum número ao cubo é a soma de dois cubos, nenhum número à quarta é a soma de dois números à quarta e assim por diante. De modo mais geral, foi provado, em 1970, que não existe um método para saber quando equações semelhantes às do Último Teorema de Fermat têm ou não solução (esse, aliás, era o décimo problema que Hilbert apresentou em 1900). “Mas, em casos especiais, é possível afirmar alguma coisa”, diz Wiles em sua apresentação a esse problema do milênio. A conjectura de Birch e Swinnerton-Dyer tenta justamente descrever alguns desses casos.
Se esse, ou algum dos outros Problemas do Milênio apresentados acima, continuará em aberto nos próximos 300 anos, ninguém sabe. Quem sabe, o prêmio acabe acelerando as coisas. Vai se arriscar?

Eles quase chegaram lá

Dizer se um número é primo – isto é, se ele pode ser dividido por outros números além de 1 e de si mesmo – é um problema que tem desafiado os matemáticos há milênios. O método mais conhecido para responder à pergunta, chamado crivo de Eratóstenes, foi criado pelo grego em 240 a.C. Mas ele tem uma séria deficiência: o tempo necessário para decidir se um dado número é primo cresce exponencialmente quanto maior o número. Se alguém demonstrasse um método eficiente de descobrir quais são os divisores de um dado número, conseguiria, por tabela, quebrar a maioria dos programas de segurança de computadores no mercado, que estão baseados na inexistência de tal método. Pois, em agosto, dias antes de fecharmos esta edição, três pesquisadores indianos do Instituto Indiano de Tecnologia de Kanpur, liderados por Manindra Agrawal, conseguiram quase isso. Eles descobriram um método simples e eficiente para dizer se um número é primo. O método ainda não apresenta os divisores do número e, portanto, não tem impacto sobre a segurança dos computadores. Mas a demonstração dos indianos, de nove páginas, gerou um programa de 13 linhas que pode funcionar em qualquer computador. Por isso, matemáticos e cientistas da computação estão em polvorosa por não terem enxergado algo tão simples ao longo dos últimos 2 200 anos.
Será que vem aí o primeiro milhão?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mistérios da mente humana

   Apesar da impressionante quantidade de casos (ou “causos”) relatados como paranormais, praticamente todos eles podem ser classificados em dois grupos: os que estão ligados ao conhecimento (PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL) e os que agem sobre a matéria (PSICOCINESE). Entenda como eles se relacionam e veja algumas de suas principais manifestações

PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL
   Seria a capacidade humana de adquirir informações sem usar nenhum dos cinco sentidos conhecidos (visão, audição, olfato, paladar e tato). Seria, portanto, uma espécie de “sexto sentido”. Há várias teorias para tentar explicar como isso seria possível. Uma delas diz que as pessoas podem sentir as descargas elétricas que transportam informações através do cérebro

   É a aquisição de informações de lugares ou objetos, sem o envolvimento de outra mente. Ela pode se manifestar por meio das experiências fora do corpo, em que uma pessoa tem a sensação de se desprender do próprio corpo e obtém informações sobre pessoas e lugares desconhecidos, mas que realmente existem. Uma variante é o doppelganger, em que a pessoa diz enxergar uma sósia

   Também conhecida como premonição, envolve casos de pessoas que obtêm informações sobre o futuro sem dispor de dados do presente que lhes permitam deduzir o que vai acontecer. Pode se manifestar por meio de sonhos. Um dos episódios mais célebres é o de um homem que cancelou sua viagem no Titanic dois dias antes da partida, por ter sonhado que o navio iria naufragar

   É a interação entre duas mentes, com a transmissão de pensamentos, imagens e memórias. Pode ser responsável por experiências como ouvir “vozes do além” – algumas delas teriam sido registradas eletronicamente e são conhecidas como fenômenos da voz eletrônica (ou EVP, sua sigla em inglês). Outras manifestações de telepatia seriam os casos de reencarnação, em que uma pessoa diz ter recordações de vidas passadas, e as experiências de quase-morte (EQM), nas quais alguém que esteve na fronteira entre a vida e a morte relata coisas relacionadas ao seu passado ou mesmo ao suposto futuro. A técnica mais sofisticada para estudar a telepatia é o experimento de Ganzfeld. Esses testes começaram a ser aplicados na década de 70 e, até o momento, segundo alguns estudiosos, tiveram êxito em demonstrar, pelo menos, a possibilidade de existência da telepatia

   É a suposta habilidade de afetar objetos físicos ou seres vivos a distância, sem usar a musculatura ou forças físicas conhecidas. Literalmente, significa mover coisas com o poder da mente. Os alegados feitos de entortadores de talheres entram nessa categoria. Casos de levitação, de movimentação de objetos grandes e pesados ou de quebrar coisas sem tocar nelas são bastante questionados pela ciência, mas há indícios de que efeitos menores, imperceptíveis a olho nu, podem realmente acontecer

MACRO-PK
   São as manifestações visíveis de objetos sendo movidos. Uma das mais conhecidas seriam os Poltergeists ou casas mal-assombradas, com a ocorrência de eventos como fogo espontâneo e barulhos que saem das paredes. Os responsáveis por esses eventos não seriam espíritos, mas sim pessoas (geralmente crianças ou jovens) com problemas emocionais

BIO-PK
   É a psicocinese aplicada diretamente num ser vivo. Um exemplo de sua manifestação seria o aumento temporário da condutividade elétrica na pele. Pode ser um dos componentes das alegadas curas mediúnicas. A sensação de estar sendo observado, mesmo sem ninguém por perto, pode ser resultado de uma ação de bio-PK. Há também relatos de pessoas que seriam capazes de secar folhas de plantas sem tocar nelas

MICRO-PK
   Funciona da mesma forma que a macro-PK, mas com pedaços muito pequenos de matéria, perceptíveis apenas com aparelhos eletrônicos. O experimento mais usado para estudar esses fenômenos utiliza um aparelho chamado Gerador de Números Aleatórios (GNA). Essa máquina produz apenas dois resultados (0 ou 1), em uma seqüência aleatória. A pessoa que se submeter a esse teste deve tentar, apenas com sua concentração, alterar a distribuição dos números aleatórios, direcionando, para a esquerda ou para a direita, as partículas expelidas por um elemento radioativo em decomposição. Em alguns casos, deve fazer com que a máquina produza mais 1 do que 0, ou o contrário. É como atirar uma moeda para cima repetidas vezes e tentar obter mais caras do que coroas, ou vice-versa

sábado, 19 de junho de 2010

LHC - acelerador de partículas

    Já ouviu falar no LHC, o acelerador de partículas kilométrico...se quiser conhecer um pouco sobre o assunto pesquise na internet...



   Tentando justificar os seus gastos bilionários, vejamos a importância experimental desta monstruosa máquina subterrânea. Vamos ver as 6 coisas que o LHC poderia fazer pela espécie humana.

Matar todo mundo (improvável).

As primeiras colisões no finalmente operacional LHC deveriam ter servido para que os amantes do fim do mundo deixassem de achar que esta máquina criaria um buraco negro que devoraria a Terra, mas os pessimistas ainda seguem conspirando sua paranóia. Alguns afirmam que só estamos vivos porque o acelerador está funcionando com 50% de sua capacidade, apesar de que os físicos apontem que na atmosfera da Terra acontecem diariamente milhões de colisões nestes níveis energéticos (e inclusive mais potentes) e que continuamos aqui "vivinhos da silva" para contá-lo.

Revelar novas dimensões.

A teoria das cordas, uma ideia matemática que sustenta que o mundo se compõe de vibrações diminutas e não de partículas diminutas, afirma que existem 10 dimensões, seis delas estão tão minimamente curvadas sobre si mesmas que não podemos percebê-las. No entanto, em um ambiente altamente energético como o do LHC, os físicos poderiam ser capazes de detectar partículas saltando destas dimensões invisíveis.

Descobrir as origens do universo.

Ao criar colisões a níveis energéticos sumamente altos, os cientistas imitam as condições que aconteceram no universo justamente após o Big Bang (trilionésimos de segundo após a explosão inicial, para ser mais preciso). Os pesquisadores esperam que o comportamento das partículas neste estado consigam explicar o momento da criação.

Explicar por que a matéria tem massa.

Aqui é onde entra em cena o famoso bóson de Higgs. Os cientistas não estão ainda seguros o que teria provocado com que as partículas subatômicas obtivessem massa nos instantes após o Big Bang. Um cientista chamado Peter Higgs teorizou que a existência de um bóson escorregadio e invisível lhes dotou de massa. Se o LHC pudesse encontrar esta partícula, a teoria de Higgs seria validada sobre o por que a matéria tem massa.

Esclarecer a matéria e a energia escura.

A matéria escura é uma forma postulada de matéria à que os cientistas supõem responsável por 22% do universo. Apesar de ser invisível (nem gera nem reflete radiação), as colisões do LHC poderiam ser capazes de detectá-la. Os cientistas querem também descobrir as origens da energia escura: uma forma hipotética de energia que supostamente compõe 74% do total energético do universo e que de algum modo está fazendo com que este se expanda a um ritmo acelerado. Encontrar a matéria escura é uma aposta arriscada, aliás as casas de apostas irlandesas pagam 12x1 por sua descoberta.

Permitir a viagem no tempo.

Se a teoria das cordas, antes mencionada, for comprovada, então teoricamente os humanos poderíamos ser capazes de viajar às dimensões ocultas do espaço e do tempo. Soa bastante improvável, mas alguns físicos teorizam que uma maligna influência do futuro poderia estar conspirando para que o LHC sofra atrasos. Segundo eles, a natureza poderia considerar este experimento tão aborrecível, que o bóson de Higgs poderia estar viajando no tempo para impedir sua própria descoberta.

    Finalmente, depois de queimar milhões de dólares, o acelerador de partículas conseguiu produzir a tão esperada e temida colisão de dois feixes de prótons a 7 TeV, criando uma explosão que os cientistas já estão chamando de um "Big Bang em miniatura".
   O feito deixou o pessoal do CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) emocionado. Ao final todos aplaudiu de pé o resultado da experiência transmitida via web para todo o mundo.
   O equipamento, que por enquanto custou 10 bilhões de dólares, foi desligado nove dias após seu lançamento, em setembro de 2008, por problemas de superaquecimento causados por uma titica de passarinho. Somente este reparo custou mais 40 milhões de dólares, gastos justificados pela importância que tem este feito.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O segredo ???

    Anteriormente, fiz um breve comentario sobre o que nos diz os filmes "quem somos nós", que aliás, são muito boms. Falam sobre física quântica, a física das possibilidades. Agora gostaria apenas de deixar uma opinião sobre um outro filme de grande repercussão, "Tha secret", o segredo, que muitos ja devem ter visto, não poderia omitir minha opinião de que discordo completamente do conceito fundamental do filme, que nos induz a acreditarmos que tudo podemos conforme a nossa vontade. Não sou nenhum fanático religioso e nem quero fazer uma tese sobre o assunto, mas me parece claro que ha ai uma inversão de valores nisso tudo, pois ha um conflito severo que nos faz confundir livre arbítrio com poder.
    O filme deixa claro que o universo todo conspira a nosso favor através dos pensamentos que emitimos e que tudo podemos conforme a nossa vontade através deles. Na minha opinião, o filme esquece que Deus existe, existem regras, leis que estão muito acima do que podemos ou queremos. E mais, quer dizer que todo mal que nos ocorre foi porque enviamos pensamentos negativos pro universo ? isso é o que o filme propõe. Mas na pratica e experiência de vida todos nós sabemos o que resumo numa frase bem conhecida "aqui se faz aqui se paga", pode até ser que se pague fora daqui também, mas o certo é que nossos atos de maldade não ficam impunes. Bem, nem tudo no filme esta em desacordo com o que penso, mas só pelo fato dele nos passar essa idéia de poder absoluto me da náuseas.
    Então é isso galera, não sou dono da verdade, apenas quis expressar minha opinião sobre o filme em si, e acho que não devemos acreditar em tudo que nos dizem por ai, afinal alguém bota a mão no fogo pela boa procedência dessas fontes...

Fisica Quântica

   Quem assistiu aos filmes "Quem somos nós" 1 e 2, deve ter se familiarizado com algums conceitos novos da ciência e quebras de paradigmas da física convencional. Paradigmas estes comparaveis àqueles criados graças à igreja do século 18. Naquela época, todos aqueles que contrariassem o fato de nosso planeta ser o centro do universo, poderia ser considerado um herége. Quando Copérnico e Newton propuseram uma nova teoria, foram até perseguidos pela igreja católica. Pudera, em uma época em que qualquer nova tecnologia fosse confundida com bruxaria, ja era de se esperar que a ciência engatinhasse lentamente. Mas a verdade veio à tona abrindo uma nova era onde novos conceitos eram abertamente discutidos...bem, pra não fugir do assunto proposto, o último paradigma da ciência caiu por terra, aquele em que, para qualquer nova teoria, deveria haver uma conprovação científica, um experimento detalhado e bem elaborado...
   A física quântica em síntese, é a CIÊNCIA DAS POSSIBILIDADES, conceito que, por si só, já nos dá uma boa noção do que se trata. Pois bem, dia desses estava pensando sobre o assunto e, como leigo que sou, ainda tenho muitas dúvidas, na verdado acho que esses novos conceitos nos trazem mais dúvidas do que certezas. Se todas possibilidades subexistem simultaneamente e se criamos com nossas mentes a nossa realidade, quer dizer que estamos condicionados por alguma regra que não nos permite vislumbrar e escolher aquilo que realmente é melhor pra nós, porque se não fosse assim, eu ia sair voando por ai e nunca mais precisaria embarcar num ônibus...mas este e outros assuntos relacionados à física quântica ainda vão dar muito o que falar, coisas do tipo ciência e Deus unidos...acredito que o mais importante disso tudo é que agora estamos abertos para novas possibilidades, não duvidamos de mais nada. O ceticismo ficou fora de moda, e o que me preocupa é o rebolation...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fisica Quântica - A matéria não é o que pensávamos ser

Transcrição de um dos milhares sites que tratam do assunto:

A matéria não é o que pensávamos ser
Os cientistas viam a matéria como algo estático e previsível. As partículas ocupam um espaço insignificante nas moléculas e átomos. São partículas fundamentais. O resto é o vácuo. Parece que essas partículas aparecem e desaparecem o tempo todo. Para onde vão quando não estão aqui?
Nº 1: Vão para universos alternativos, onde as pessoas fazem a mesma pergunta quando elas somem e vêm pra cá: "Para onde elas foram?"

A outra envolve o grande mistério da direção do tempo. De uma certa forma, as nossas leis fundamentais da física não fazem distinção entre passado e futuro. Temos um quebra-cabeça do ponto de vista das leis da física. Por que nós somos capazes de lembrar do passado, e não temos o mesmo acesso epistemológico ao futuro?

Por que devemos pensar que nossas ações no presente afetam o futuro mas não o passado?

O fato de termos um diferente acesso epistemológico para o passado e futuro, o controle que nossas ações têm sobre o futuro mas não sobre o passado, tudo isso é tão fundamental para o modo como sentimos o mundo, que não termos curiosidade sobre isso é quase o mesmo que estarmos mortos!

Na verdade a maior parte do universo está vazia. Gostamos de imaginar o espaço vazio e a matéria sólida, mas, na verdade, não tem nada na matéria, ela não possui substância! Veja um átomo. Pensamos que é uma bola sólida. Mas na verdade é esse pontinho pequeno com matéria densa no centro, cercado por uma nuvem de elétrons que aparecem e desaparecem. Mas acontece que tal descrição também não está correta. Até o núcleo, que pensávamos ser tão denso, aparece e desaparece assim como os elétrons. A coisa mais sólida que pode existir nessa matéria desprovida de substância é um pensamento, um bit de informação concentrada. O que faz as coisas são idéias, conceitos e informação.

Você nunca toca em nada. Os elétrons criam uma carga que afasta os outros elétrons antes do toque.

Ninguém toca em nada

Cabe aqui um parêntese para que o leitor entenda melhor os pilares da física quântica. Por isso, reproduzo parte do livro Percepção e Consciência:

"Os elementos atômicos, a luz e outras formas eletromagnéticas têm um comportamento dual - ora se comportam como se fossem constituídos por partículas, ora agem como se fossem ondas que se expandem em todas as direções. E, ainda mais estranho, a natureza do comportamento observado era estabelecida pela expectativa expressa no experimento a que estavam sujeitos: onde se esperava encontrar partículas, lá estavam elas, da mesma forma como ocorria onde se esperava encontrar a onda. Era como se o esperado se refletisse na experiência. Como se poderia conciliar o fato de que uma coisa podia ser duas ao mesmo tempo, e como manter a objetividade se o tipo de experimento, e conseqüentemente a expectativa do esperado, pareciam determinar um ou outro comportamento experimental? A solução foi dada por Niels Bohr ao elaborar o princípio da complementaridade. Ele estabelece que, embora mutuamente excludentes num dado instante, os dois comportamentos são igualmente necessários para a compreensão e a descrição dos fenômenos atômicos. O paradoxo é necessário. Ele aceita a discrepância lógica entre os dois aspectos extremos, mas igualmente complemetares para uma descrição exaustiva de um fenômeno. No domínio do quantum não se pode ter uma objetividade completa...

Ruiu, assim, mais um pilar newtoniano-cartesiano, o mais básico, talvez: não se pode mais crer num universo determinístico, mecânico, no sentido clássico do termo. A nível subatômico não podemos afirmar que exista matéria em lugares definidos do espaço, mas que existem 'tendências a existir', e os eventos têm 'tendências a ocorrer'. É este o Princípio da Incerteza de Heisenberg."

Uma partícula, que pensamos ser algo sólido, existe no que chamamos de superposição, espalhando uma onda de possíveis localizações, todas ao mesmo tempo. E quando você olha, ela passa a estar em apenas uma das possíveis posições.

O mundo tem várias formas de realidade em potencial, até você escolher a que quer. Pode-se estar em muitos lugares ao mesmo tempo, experimentando várias possibilidades, até elas convergirem para apenas uma.

Como um objeto pode ter dois estados ao mesmo tempo?

Em vez de pensarmos nas coisas como possibilidades, temos o hábito de pensar que as coisas que nos cercam já são objetos que existem sem a minha contribuição, sem a minha escolha. Você precisa banir essa forma de pensar; tem que reconhecer que até o mundo material que nos cerca - as cadeiras, as mesas, as salas, os tapetes - não são nada além de possíveis movimentos da consciência. E eu estou escolhendo momentos nesses movimentos para manifestar minha experiência atual. É algo radical que precisamos compreender, mas é muito difícil, pois achamos que o mundo já existe independente da minha experiência.

Mas não é assim, e a física quântica é bem clara.

O próprio Eisenberg, depois da descoberta da física quântica, disse que os átomos não são objetos, são tendências. Em vez de pensar em objetos, você deve pensar em possibilidades.

Tudo é possibilidade subconscientemente!

Agora você pode ver em inúmeros laboratórios pelos EUA objetos que são suficientemente grandes para serem vistos a olho nu, e que estão em dois lugares simultaneamente. Pode-se até tirar uma foto disto. Suponho que se você mostrasse essa foto, as pessoas diriam "Legal, posso ver essa luz colorida, um pouco ali, um pouco aqui... é a foto de dois pontinhos, o que tem demais? Estou vendo duas coisas."

Não! É uma coisa só, em dois lugares ao mesmo tempo!

Acho que as pessoas não se impressionariam, pois acho que elas não acreditam. Não que digam que sou mentiroso, ou que os cientistas estão confusos. Acho que é tão misterioso que não dá para compreender o quão fantástico é. Todos viram Jornada nas Estrelas e o tele-transporte, então se perguntam "Mas e daí, o que isso quer dizer?" Mas temos que parar e pensar no que isso realmente significa. É o mesmo objeto e ele está em dois lugares ao mesmo tempo!

As pessoas trabalham, se aborrecem, almoçam, vão para casa e vivem a vida como se nada de especial estivesse acontecendo, pois é assim que se acostumaram; mas existe essa incrível mágica bem na sua frente.

A física quântica calcula apenas possibilidades.

Mas se aceitarmos isso, a questão passa a ser: que escolha temos que fazer dentre as possibilidades para iniciarmos o evento da experiência? Então vemos diretamente que a consciência tem que estar envolvida.

O observador não pode ser ignorado

Sabemos o que um observador faz no ponto de vista da física quântica, mas não sabemos quem e o que o observador é na verdade.

Temos tentado encontrar uma resposta.

Entramos na mente, usando todos os recursos que temos para acharmos algo que possa ser o observador. Mas não achamos nada no cérebro. Nada na região do córtex. Nada no subcórtex. Não identificamos um observador lá. Mas mesmo assim temos a sensação de sermos tais observadores, observando o mundo lá fora.

Seria esse o observador?

Artigo de física quântica - Quem somos nós parte 1

Artigo publicado num site:

Quanto mais se estuda a física quântica, mais misteriosa e fantástica ela se torna. A física quântica, falando de uma maneira bem simples, é uma física de possibilidades. São questões pertinentes de como o mundo se sente com relação a nós. Se existe uma diferença entre o modo do mundo nos sentir e como ele realmente é. Já parou para pensar do que os pensamentos são feitos?
Todas as épocas e gerações têm suas próprias suposições: O mundo é plano, o mundo é redondo, etc. Existem centenas de suposições que acreditamos ser verdadeiras, mas que podem ou não ser verdadeiras. Claro que historicamente, na maioria dos casos não eram verdadeiras. Se tomarmos a história como guia, podemos presumir que muitas coisas em que acreditamos sobre o mundo podem ser falsas. Estamos presos à certos preceitos sem saber disso.

É um paradoxo
Por que continuamos recriando a mesma realidade?

Por que continuamos tendo os mesmos relacionamentos?

Por que continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente?

Nesse mar infinito de possibilidades que existem à nossa volta, por que continuamos recriando as mesmas realidades?

Não é incrível existirem opções e potenciais que desconhecemos?

É possível estarmos tão condicionados à nossa rotina, tão condicionados à forma como criam nossas vidas, que compramos a idéia de que não temos controle algum?

Fomos condicionados a crer que o mundo externo é mais real que o interno. Na ciência moderna é justamente o contrário. Ela diz que o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora. Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço de realidade física. Esse outro pedaço pode ser a gente, claro que somos parte desse momento, mas não precisa necessariamente ser. Pode ser uma pedra que venha voando e interaja com toda essa bagunça, provocando um estado particular de existência.

Filósofos no passado diziam: "Se eu chutar uma pedra e machucar meu dedo, é real. Estou sentindo, é vívido." Quer dizer que é a realidade. Mas não passa de uma experiência, e é a percepção dessa pessoa do que é real.

Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de um pessoa a computadores e scanners e pedirmos para olharem para determinados objetos, podemos ver que certas partes do cérebro sendo ativadas. Se pedirmos para fecharem os olhos e imaginarem o mesmo objeto, as mesmas áreas do cérebro se ativarão, como se estivessem vendo os objetos. Então os cientistas se perguntam: quem vê os objetos, o cérebro ou os olhos? O que é a realidade? É o que vemos com nosso cérebro? Ou é o que vemos com nossos olhos?

A verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e o que se lembra, pois os mesmos neurônios são ativados.

Então devemos nos questionar, o que é realidade?

Somos bombardeados por grandes quantidades de informação que, quando entram no seu corpo, são processadas pelos seus órgãos sensoriais, e a cada passo partes da informação vão sendo descartadas. O que finalmente chega na consciência é o que serve mais à pessoa. O cérebro processa 400 bilhões de bits de informação por segundo, mas só tomamos conhecimento de 2.000 bits. E esses 2.000 bits são sobre o que está ao nosso redor, nosso corpo e o tempo.

Vivemos em um mundo onde só enxergamos a ponta do iceberg. Isso significa que a realidade está acontecendo a todo momento no cérebro, mas nós não a absorvemos. Os olhos são como lentes, mas o que realmente está enxergando é a parte de trás do cérebro. É o córtex visual, igual a essa câmera.

Você sabia que o cérebro imprime o que ele vê?

Por exemplo: essa câmera de vídeo está vendo muito mais ao meu redor do que o que está aqui, porque ela não faz objeções ou julgamentos. O filme que está passando no cérebro é do que temos habilidade para ver. É possível que nosso olhos, nossa câmera, enxergue mais do que o nosso cérebro tenha a habilidade de conscientemente projetar? Do jeito que nosso cérebro funciona, só conseguimos ver o que acreditamos ser possível.

Os padrões de associação já existem dentro de nós através de um condicionamento

Uma história incrível, que acredito ser verdadeira, conta que quando os índios americanos nas ilhas caribenhas viram as naus de Colombo se aproximarem, na verdade eles não conseguiam ver nada, pois não eram parecidas com nada que tivessem visto antes. Quando Colombo chegou no Caribe, nenhum nativo conseguia enxergar os navios, mesmo estando eles no horizonte. A razão de não verem os navios era porque não tinham conhecimento. Seus cérebros não tinham experiência de que os navios existiam.

O shamã começa a notar ondulações no Oceano. Mesmo não vendo os navios, imagina o que está causando aquilo. Então ele começa a olhar todos os dias e depois de um certo tempo, ele consegue ver os navios. E quando ele enxerga os navios, conta para todos que existem navios lá. Como todos confiavam e acreditavam nele, também conseguem enxergar.

Nós criamos a realidade, mas criamos máquinas que produzem realidade que afetam a realidade o tempo todo. Sempre perseguimos algo refletido no espelho da memória. Se estamos ou não vivendo em um grande mundo virtual, é uma pergunta sem uma boa resposta, é um grande problema filosófico. E temos que lidar com ele conforme o que a ciência diz do nosso mundo.

Como somos sempre observadores na ciência, ficamos limitados ao que o cérebro humano capta. É a única forma de vermos e percebermos as coisas que fazemos. Então é possível que isso tudo seja uma grande ilusão da qual não conseguimos sair para ver a verdadeira realidade.

Seu cérebro não sabe distinguir o que está acontecendo lá fora do que acontece aqui dentro. Não existe o "lá fora" independente do que está acontecendo aqui.

Filme matrix - idéias

Publicação em um site:

O filme Matrix é de uma inteligência única na história do cinema: Conseguiu trazer para o inconsciente coletivo dos ocidentais o que dois mil anos de doutrina orientais não conseguiram. Claro que toda a mensagem está cifrada, e misturada com efeitos especiais e ação. Mas está lá...
Uma cena emblemática do filme é a do garoto budista que segura uma colher, e ela começa a entortar. Neo olha curioso, e o garoto lhe diz: "Não é a colher que entorta, e sim você. Não há colher".

Bem, a colher foi só um exemplo pra causar o efeito "uau" que causou. O verdadeiro sentido destas palavras é que,se você segue o caminho do meio (ações corretas, pensamento correto, enfim, é uma pessoa correta) o mundo pode desabar ao seu redor e você não será afetado. Pode até morrer, mas o seu "eu" não será afetado.

Vamos substituir, no diálogo original,a palavra "colher" por "mundo" e "entortar" por "mudar":

Garoto: Não tente mudar o mundo. Isto é impossível. Ao invés disto tente perceber a verdade.

Neo: Que verdade?

Garoto: Não há mundo.

Neo: Não há mundo?

Garoto: Então você verá que não é o mundo que muda, e sim você mesmo.

Esse conceito não é novo. Há 1.300 anos, no Templo Fa Shin, dois monges discutiam:

- A bandeira está se movendo!

- Não, é o vento que está se movendo!

Como eles não conseguiam chegar a um acordo, Hui-Neng apareceu e disse aos dois:

- É a mente de vocês que está se movendo!

A MAIOR TEORIA DO SÉCULO - revista superinteressante

Superinteressante, Fevereiro/2001

Se você ouviu falar do centenário da mecânica quântica, no final do ano passado, sem entender direito o que significava, não se preocupe: muito pouca gente sabe que se trata da teoria científica mais importante do século. Apesar de quase desconhecida, a teoria quântica está presente em tudo - ela abriu caminho não apenas para a criação do laser, do computador e de todos os equipamentos digitais em uso atualmente, como também foi decisiva para os avanços espetaculares da química e da biologia nas últimas cinco décadas. Acredita-se que a comercialização de todos os produtos viabilizados pela teoria quântica movimenta 25% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos. Não admira que a elaboração da teoria tenha demorado 27 anos para ficar pronta e exigido o trabalho dos 15 ou 20 físicos mais brilhantes do século XX, inclusive Albert Einstein. O grande impacto da teoria deve-se, em grande parte, a duas descobertas desconcertantes. A primeira deu ao alemão Max Planck, seu autor, o título de fundador da mecânica quântica. Em dezembro de 1900, ele anunciou que um raio de luz é composto de pequenos "pacotes" de energia, desde então chamados de quanta (plural de quantum, "pacote", em grego). Essa idéia violava o conceito consagrado nos dois séculos anteriores de que a luz é uma espécie de fluido e poucos deram atenção ao achado. Os quanta só emplacaram quando Einstein, em 1905, demonstrou cabalmente que eles existiam e, mais tarde, ensinou como usá-los para gerar os poderosos raios laser. A segunda descoberta fundamental postulava, pela primeira vez, que um corpo pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Esse conceito tem a ver com o cálculo das probabilidades e pode ser descrito da seguinte maneira: se um carro tem duas vagas em um estacionamento, se diz que ele ocupa as duas ao mesmo tempo, com 50% de probabilidade de estar em uma delas e 50% na outra. Parece uma idéia meio maluca, mas ela é essencial na construção dos chips dos computadores.

É verdade que a mecânica quântica só se aplica aos corpos menores que os átomos (o exemplo do carro serve apenas para ilustrar o conceito). Essa limitação, para alguns físicos, indica que a teoria quântica tem de ser reformulada ou substituída por outra melhor. Seja como for, ela chega aos 100 anos com uma folha de serviços inigualável. E, ao que tudo indica, com vigor para gerar tecnologias mais avançadas, como o teletransporte e a nanotecnologia.

Introdução do livro e filme "quem somos nós ?"

     Você já viu o filme quem somos nós ? Aborda assuntos bem interessantes nos inserindo num mundo que até pouco tempo atrás era restrito aos cientistas. Segue uma breve transcrição do filme...
     No início só havia o vazio, transbordando com infinitas possibilidades das quais você é uma. O que está acontecendo... e por que estou aqui? De onde nós viemos? O que faz a física quântica?
Física das possibilidades.
    A mecânica Quântica permite... a mente suprema. O cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente, de suas lembranças.
    O mundo como observamos, o mundo que nos cerca...
    Como podemos continuar a ver o mundo como real se nosso ser que determina ele como real é intangível? Todas as realidades existem simultaneamente? Há a possibilidade de que todas as
verdades existam lado a lado? Você já se viu através dos olhos da outra pessoa em que você se tornou e viu a si mesmo pelos olhos do observador final?
   Quem somos? De onde viemos? O que devemos fazer? E para onde vamos? Porque estamos aqui? Esta é a questão fundamental, não é? O que é a realidade? O que eu achava irreal, hoje para mim é mais real, de certa forma, do que as coisas que vejo como reais, mas agora parecem que são mais irreais.
   Você não pode explicar. E quem tentar explicar, quem dispender bmuito tempo tentando explicar, vai se perder no labirinto do mistério.
    Quanto mais se estuda a física quântica, mais misteriosa e fantástica ela se torna.
    A física quântica falando de uma maneira bem sucinta é uma física de possibilidades. São questões pertinentes de como o mundo se sente com relação a nós. Se existe uma diferença entre o modo
do mundo nos sentir e como ele realmente é. Você já parou para pensar de que os pensamentos são feitos?

A REALIDADE REALMENTE EXISTE?

Artigo publicado num site de ciências>

Nem as cores existem na natureza nem nossa mente reflete fielmente os que nos rodeia. A realidade é proporcional ao número de seres humanos, posto que o que cada um percebe é filtrado e deformado pelos sentidos objetivos e a mente subjetiva.
O mundo visual que nos rodeia é uma ilusão? É verdade que as cores não existem na natureza? Nosso cérebro reflete fielmente a realidade exterior? As respostas a essas perguntas demonstram que a realidade é um conceito bastante subjetivo, já que muitas das coisas que observamos não existem ou, pelo menos, não são como as enxergamos.

O coquetel de estímulos provenientes do interior e do exterior de nosso corpo e que captamos por meio dos cinco sentidos varia sutilmente de uma pessoa para outra, já que a estrutura, as diferenças e as alterações dos órgãos sensoriais de cada um fazem com que, por exemplo, vejamos e escutemos de forma diferente, tanto que não exitem duas percepções iguais do real. Se essa percepção objetiva, por sua vez, é alterada pela interpretação subjetiva do que somos, acontece e nos rodeia, com base em nossa bagagem de aprendizados e experiências, podemos concluir que a realidade é algo tão pessoal e único como as impressões digitais.

Segundo o neurocientista Francisco J. Rubia, autor do livro "¿Qué sabes de tu cerebro?" (O que seu cérebro sabe?), "antigamente se achava que o cérebro refletia de forma fidedigna o mundo exterior, mas, a cada dia, parece mais evidente que o cérebro é um mundo fechado que traduz os estímulos externos para a linguagem disponibilizada pelas estruturas cerebrais, dando uma versão interna ou uma representação da realidade exterior".

O mundo visual é uma ilusão?

É o que parece. As imagens, que se formam nas duas retinas dos olhos, são distorcidas, pequenas e invertidas. Além disso, o poder de resolução do olho é limitado e disforme, já que, fora do ponto de maior acuidade, é baixo e a retina é praticamente cega para as cores. O olho, além disso, se movimenta constantemente de um ponto para outro do campo visual, de três a quatro vezes por segundo, o que faz o órgão criar um montão de novas imagens. Por outro lado, é conhecida a importância da atenção para a percepção de qualquer sensação: por exemplo, se não temos atenção, não vemos. Além disso, o cérebro "completa" a percepção das coisas que não são vistas, como a visão de um cachorro inteiro atrás de uma cerca, embora só vejamos partes do animal. Mas, talvez o mais importante, seja constatar que muitas das coisas que vemos são criações do cérebro. As chamadas "ilusões óticas" são inúmeras e dizem "a gritos que o cérebro vê o que quer ver, por isso somos incapazes de captar o que costumamos chamar de realidade".

As cores não existem. A natureza não tem mais que diferentes comprimentos de onda. A audição, a visão, a percepção da cor ou do som... Tudo depende do nosso cérebro e da organização espacial das estruturas que processam esses estímulos. Além disso, o processamento cerebral das características ou propriedades dos diferentes estímulos do ambiente, como a qualidade, a intensidade, sua estrutura temporária e local de procedência, podem variar, devido às estruturas e células nervosas que os recebem e transportam. Na visão cromática, intervêm receptores que captam os diferentes comprimentos de onda do espectro electromagnético (azul-violeta, verde, e amarelo-vermelho) e células que produzem as sensação de contraste entre as cores. No final de todo o processo, o cérebro atribui uma determinada cor à atividade dos receptores e de todas as células que há até a informação chegar a um região denominada córtex visual. Mas um comprimento de onda não se transforma no cérebro em uma determinada cor. Não há uma correlação clara entre as duas coisas.

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